Construir instituições democráticas passa pela promoção de espaços seguros e livres de qualquer violência contra as mulheres. Um grande desafio, considerando nosso tecido social ainda patriarcal, racista e misógino, mas que se torna possível através de um protagonismo feminino politicamente consciente dos enfrentamentos necessários.
Ciente desse papel, algumas das contribuições que mais me orgulham enquanto Defensora Pública são as realizadas junto ao Conselho Superior. Elas estão materializadas nas propostas que resultaram na aprovação das Resoluções que instituíram: a Política de valorização da maternidade e da amamentação e de proteção da primeira infância; a obrigatoriedade de inclusão do tema racismo estrutural e relações de gênero nos concursos para membros e servidores; o aprimoramento das Políticas de Ações Afirmativas; o emprego obrigatório da flexão de gênero para nomear profissões ou demais designações na comunicação social e institucional; e, por fim, a política institucional de preservação da qualidade do relacionamento interpessoal no trabalho, prevenção e enfrentamento do assédio, da discriminação e de outras formas de violência.
Acredito profundamente que ações como essas, e tantas outras, são necessárias para o fortalecimento de uma cultura institucional na DPE/TO que considere as necessidades e valorize as potencialidades das mulheres em toda a sua diversidade.
